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Você toma antidepressivo e não melhora? Leia isto

Há diversos motivos para um antidepressivo não surtir o efeito desejado num tratamento psiquiátrico.

Além de questões ligadas à metabolização das substâncias prescritas, descubra neste post que outros fatores podem comprometer o tratamento farmacológico:

Baixa aderência ao tratamento

Ou seja, quando o paciente deixa de seguir corretamente o tratamento por questões do estigma associado à doença mental e temendo efeitos colaterais ou dependência.

Isto atrapalha muito!

E, não há evidências científicas de que os antidepressivos causam dependência. Muitas pessoas alegam que não passam bem quando cessam os medicamentos por conta própria porque, na realidade, sofrem de alguma doença crônica.

Diagnóstico errado.

Em psiquiatria, o diagnóstico é eminentemente clínico, através do exame e anamnese psíquicos realizados pelo psiquiatra.

Nas mulheres, nem sempre é simples o diagnóstico diferencial entre a depressão bipolar versus a depressão unipolar.

Algumas mulheres bipolares podem não ter apresentado ainda fase de mania (oposto da depressão) e, portanto, essa subpopulação não responderia mesmo aos antidepressivos e sim aos estabilizadores de humor.

Concluindo: podem estar tomando antidepressivo quando, na verdade, deveriam ingerir outro tipo de remédio.

Tomar antidepressivo quando, na verdade, precisaria de outro remédio

Quadros orgânicos ou determinados medicamentos associados

Hipotireoidismo, Cushing, Diabetes entre outras doenças clinicas, além de determinados medicamentos (como corticoides, quimioterápicos e propranolol), podem levar a maiores chances de depressão.

Comorbidades.

É muito comum os pacientes deprimidos, principalmente as mulheres, terem outros distúrbios psiquiátricos associados não diagnosticados e não tratados adequadamente. Isso leva a respostas parciais ao tratamento antidepressivo.

Exemplos: transtornos de ansiedade, dependência de álcool, transtornos alimentares e transtornos de personalidade, entre outros.

Outras causas da depressão

Depressão como doença inflamatória e sendo causada por outros mecanismos além das disfunções de neurotransmissores como serotonina, dopamina e noradrenalina.

Atualmente há uma série de pesquisas sobre diferentes mecanismos neurobiológicos causadores da depressão.

Exemplo: fator neurotrófico derivado do cérebro, citocinas inflamatórias, alopregnanolona, etc..

Assim sendo, os atuais antidepressivos cobrem apenas uma parte dos possíveis fatores etiológicos da depressão.

Algumas pessoas tendem a ter uma visão ou leitura extremamente negativa a respeito de situações frustrantes, de luto ou outras perdas com atitudes passivas e retraídas perante os obstáculos.

Sem o auxílio importante de uma psicoterapia realizada com psicólogos em conjunto com o tratamento medicamentoso psiquiátrico, a evolução do quadro torna-se limitada nas pessoas com esses traços de personalidade.

Antidepressivo prescrito inadequadamente

Manejo inadequado dos antidepressivos

Erros na prescrição dos antidepressivos seja pelo tempo inadequado ou subdosagem.

Há algumas estratégias importantes da melhora da eficácia dos antidepressivos que só o psiquiatra tem conhecimento.

Porém, na atualidade, sabemos que médicos sem conhecimento aprofundado no assunto prescrevem tais medicamentos até de forma indiscriminada em determinadas situações.

Opções de tratamentos coadjuvantes

Por fim, hoje temos outros tratamentos não farmacológicos quando as respostas aos medicamentos são precárias:

  • Estimulação magnética transcraniana,
  • Corrente elétrica contínua
  • ECT (eletroconvulsoterapia)

Podem auxiliar em alguns casos.

atividade física aeróbica é um complemento importante na maioria dos casos clínicos e deve ser encarada como um outro “remédio”.

Mudanças alimentares e de hábitos de vida costumam ajudar, além do estímulo à participação de familiares no tratamento.

 
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