Pesquisa recente da Universidade de Kent mostrou um risco maior de depressão pós-parto nas mulheres que dão a luz a um bebê do sexo masculino – quando comparadas às mulheres que tiveram meninas.
Cuidar das gestantes e mamães no que concerne à saúde mental é fundamental!
Tanto pelo bem da parturiente como do bebê.
Mães de meninos: risco até 79% maior!
Nas mães de meninos, o estudo detectou risco aumentado para depressão após o parto entre 71-79%.
Chances ainda maiores ainda, de cerca de 174%, foram detectadas nas mulheres que tiveram complicações durante o trabalho de parto.
E por que isso acontece?
Tanto na gestação de meninos quanto nos partos complicados há um aumento da atividade imunológica inflamatória.
E hoje sabemos que as respostas imunológicas e inflamatórias exacerbadas estão envolvidas em muitos quadros de depressão, incluindo também o de depressão pós-parto.
Interessante notar também que as mulheres que sofrem de ansiedade ou depressão na gestação costumam ser mais cuidadas no pós-parto com melhor rede de apoio e suporte.
E isso em muitos casos diminui as chances de depressão pós-parto nestas pacientes.
Ao contrário das mulheres sem antecedentes de depressão, que acabam não sendo devidamente monitorizadas com a análise de outros fatores de risco envolvidos como os citados acima e que ainda são do desconhecimento inclusive dos médicos.
Prevenir a depressão pós-parto é o grande desafio
O grande desafio é a prevenção de depressão pós-parto e não apenas o desenvolvimento de novos psicofármacos para o tratamento.
Trabalhos de apoio, psicoterapia e orientações psicoeducativas podem prevenir episódios depressivos no puerpério de muitas dessas mulheres. Se soubermos, de antemão quais mulheres podem ser mais vulneráveis.
Leia matéria sobre este assunto na minha coluna no Estadão.